Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
ESTULTICE REFINADA – Chega ser engraçado vermos a tigrada que
defende esse trem fuçado chamado relativismo moral. E é hilário porque eles
fazem a defesa disso pra tudo que é lado e em todos os cantos como se isso
fosse uma espécie de verdade absoluta.
Para eles, a inteligência humana
e a realidade como um todo são sempre relativas, porém, todavia e, entretanto, para
essas alminhas as suas confusas e contraditórias opiniões são sempre e necessariamente
absolutas.
Bastam cinco minutos de prosa com
essa gente para constatar essa sua maneira esquizofrênica de ser deles.
Por essas e outras que não
consigo levar a sério esse papo de relativismo que, no frigir dos ovos, é
apenas uma presunçosa manifestação duma estultice elegantemente trajada que
acaba conquistando os corações desavisados devido à refinada e sedutora maneira
dela se apresentar.
COM OS PÉS CALCADOS NO ROCHEDO – Um justo, necessariamente, não
pode ser de modo algum imparcial. Isso mesmo! Jamais! Um homem justo,
fundamentalmente, deve ser contra o crime, contra o mal em todas as suas formas
e manifestações. Esse é o seu partido. Essa é sua rocha. Perdendo-se ela, todo
o resto passará a habitar no terreno movediço da incerteza; condenando, em
muitos casos, a justiça a ficar refém do crime por meio dos grilhões de uma
pérfida dissimulação de misericórdia.
SEM A MENOR NOÇÃO – Recentemente vi um vídeo sobre uma dessas
diarreias cívicas, que o pessoal com duas mãos canhotas chama de manifestação
legítima de um movimento social, onde um grupelho de arruaceiros, dissimulando
serem cidadãos, provocava de maneira acintosa a polícia.
Bicho feio mesmo. Na verdade,
ridículo.
Lá pelas tantas, uma das
distintas almas sebosas é empurrada por um dos policiais que simplesmente
afastava o bafo e a baba de onça que estava sendo regurgitada em seu rosto,
tamanha era a petulância (depre)cívica manifesta pela criaturinha.
Bem, é claro que logo após esse
ocorrido, histérica e cinicamente, todas as alminhas revoltadas ali reunidas
começaram a gritar, fazendo aquele fiasco que a mídia adora noticiar.
Diante de tanto chilique politicamente
engajado, sou franco em dizer: é urgente, urgentíssimo, que passemos a colocar
os devidos pintos nos “is” e reaprendamos a discernir entre o que de fato é uma
atitude cívica digna do nome e não mais confundi-las com essas tranqueiras, com
essas esbornias cretinas que tem como única finalidade gerar factoides através
da manobra da massa ignara juvenil.
Enfim, enquanto continuarmos a
mimar essa turba de “sem noção” continuaremos a ser essa sorumbática nação que,
em seus delírios constitucionalescos, imagina-se ser uma consolidada democracia
quando, na real, não passamos duma vulgar oclocracia regida pelas mais vis
oligarquias empeçonhadas por toda ordem de toxinas gregárias e totalitárias.
(*)
Professor, cronista e bebedor de café.
Blog2:
http://zanela.blogspot.com/
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