Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
Não sou ninguém pra dizer o que é
agradável ou desagradável a Deus, ninguém mesmo; mas, a mim uma coisa parece-me
certeira: Deus sempre humilha os soberbos. Eles podem até resistir e dar mil e
uma voltas, porém, dum jeito ou doutro, eles sempre terminam aperreados.
(2)
Deus, em sua grandeza,
humildemente oculta-se na simplicidade da Eucaristia, o Santíssimo Sacramento,
para nos tocar o âmago de nossa alma. Os soberbos, em sua mediocridade, exibem
a todos a sua baixeza, do alto de suas imundas zombarias, para escandalizar os
pequeninos com toda a deformidade de suas sebosas almas.
(3)
O Arcanjo, ao encontrar-se com a
Virgem Santíssima, disse: “Ave! Cheia de Graça. O Senhor é convosco”. Pois é, e
se o Arcanjo São Gabriel, por um acaso, sempre o tal do acaso, se encontrasse
conosco, nos diria o que? Pois é, pois é, pois é.
(4)
A pressa é um claro sinal de
desamor; a morosidade uma evidente manifestação de descaso para com tudo e com
todos que dizemos querer bem. Por isso, penso que nada devemos realizar em meio
a atropelos ou fazendo corpo mole; mas sim, tudo empreender com o zelo que
afirmamos ter e que devemos manifestar por tudo e para com todos.
Principalmente pelos nossos estudos e por aqueles que nos são próximos que
clamam discretamente por um auxílio; por um socorro.
(5)
A grande e sinistra piada da
nossa sociedade é vermos uma multidão ululante de leigos e especialistas em
educação falando a respeito da dita cuja, sem nunca ter considerado o fato
deles mesmos não terem empreendido algo em suas vidas que seja digno de ser
chamado por essa alcunha.
(6)
Todos nós falamos, aqui e acolá,
sobre a tal da justiça; sobre o quanto é urgente que ela se faça valer em nossa
sociedade e blablablá, mas, quem vem conduzindo nossa sociedade para que a dita
cuja da justiça possa se fazer valer? Muitas vezes são aqueles que, velada ou
escancaradamente, resistem cinicamente a ela.
(7)
Onde o cético, incrédulo e tolo,
vê apenas coincidências fortuitas; onde o descrente encontra tão só e
unicamente o tal do mero acaso, o sábio, com o olhar inocente dum menino,
reconhece e se admira com o espetáculo da criação em sua harmonia, beleza e
verdade.
(*)
Professor, cronista e bebedor de café.
Comentários
Postar um comentário