Por Dartagnan da Silva
Zanela
(1)
A mediocridade empedernida é
incapaz de render qualquer forma de admiração por um ato de grandeza. Ela se vê
impossibilitada de manifestar o menor reconhecimento que seja àqueles que ultrapassaram
a linha mediana da existência humana.
Dum modo geral, essa gente gosta
de justificar a sua própria mendacidade explicando a grandeza alheia como se
essa fosse apenas o reflexo de uma patologia, de um complexo, ou de qualquer
coisa do gênero.
Imposturas como essa são duma
miséria tal que, confesso, não chega nem mesmo a dar dó, pois, todo aquele que
olha para o passado e somente vê nos grandes sábios e mestres de antanho
indivíduos que procuravam compensar na feitura de suas obras as perturbações
que supostamente habitavam as suas almas, no fundo, apenas projetam sobre eles
a sua própria nulidade para que, no final das contas, não se sintam tão
fracassados humanamente.
Resumindo o borogodó: os
medíocres, em regra, acreditam que a grandeza humana deve ser sempre
compreendida e interpretada pela sórdida pequenez dos anódinos.
Enfim, que cada um meça o mundo
de acordo com sua medida sem imaginar que, com isso, ele deverá ser reduzido às
dimensões de sua mísera metragem.
(2)
Enquanto uns fazem tipinho,
franzem o narizinho e procuram tecer galhofas sobre dos grandes mestres que
iluminaram e iluminam a história, outros tantos preferem humildemente procurar
aprender com a grandeza edificada por eles em meio a uma plêiade de obstáculos
e sacrifícios.
(3)
Diante da vida dos grandes
mestres de antanho, que iluminaram e iluminam a humanidade com suas obras, uns
fazem troça e afogam-se em si mesmos, outros tantos se transubstanciam
aprendendo com eles vendo a vida através de seus olhos que se encontram presentes
em legado.
(4)
A história pode ser uma fonte de
luz que ilumina o presente e que clareia os caminhos futuros, como também pode
ser uma velha lanterna à vela, apagada e desprezada num canto de uma casa. Tudo
depende do desejo que move o fintar das janelas de sua alma.
(5)
O diploma é o medalhão dos
incapazes; os títulos, o escudo das mediocridades e os cargos são apenas as
máscaras da bestialidade. No fim das contas, apenas os feitos e as obras são as
pedras que dão sustentação a dignidade. Todo o resto não passa de pó, sombras e
bobagem.
(6)
Quem não tem a menor disposição
para tentar compreender a sua história pessoal deveria pensar, no mínimo, duas
vezes antes de querer dar algum pitaco sobre a História.
(7)
O ridículo é algo garantido a
todo aquele que faz questão de desconhecer o humano potencial que todos temos
para a realização disso.
(8)
A vaidade ofusca a grandeza e,
com o tempo, empalidece a alma por impedir que os ares da humildade arejem a
consciência. E essa, a consciência, nada mais é que a morada do olhar que
aninha e cultiva as palavras que espelham o que há no âmago de nosso coração.
(9)
Não há nada mais inspirador do
que o testemunho de um ato de coragem moral. Não há nada mais eficaz do que
isso pra arrancar qualquer alma decente, imersa na pusilanimidade geral.
(10)
Pior que a maldade e o cinismo
daqueles que nos governam deste a ilha da fantasia do planalto central, que
arrastam o Brasil para o fundo do poço, é a estupidez inconsequente daqueles
que idolatram esses Curupiras vermelhos.
(11)
Quando alguém fala, com a boca
cheia, que é detentora de uma consciência crítica, na verdade o que ela está
querendo dizer é que a sua burrice é cegamente ideologizada. Só isso.
(12)
Quando alguém insiste em opinar
sobre algo que, por um ato falho, o sujeito reconhece não ter nenhum fundamento
seguro para embasar as suas considerações, abandone, porque o cretino não passa
de um idiota presunçoso carente de atenção.
(13)
Só para constar: Nosso Senhor
Jesus Cristo não foi derrotado na cruz não. Na humilhante condenação da cruz o
Verbo divino venceu o pecado, mesmo que boa parte da humanidade até hoje não
tenha compreendido o que, de fato, ocorreu no monte Calvário.
(14)
Liberdade não é fazer o que vem
na ventana. Ser livre é deixar-se guiar pela luz da Verdade. Optar pelas sobras
da mentira é entregar-se aos grilhões da escravidão das ilusões que nos
distanciam da realidade, reduzindo-nos a reles joguetes dum tabuleiro viciado.
Ser livre é negar-se a isso.
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