AS MURALHAS E TAPUMES DA DISCÓRDIA

Por Dartagnan da Silva Zanela

(1)
Antigamente, dum modo geral, algumas pessoas perdiam a fé devido a um duro golpe que a vida lhes dava ou porque estavam à procura de algo mais profundo e sincero do que as práticas religiosas pouco piedosas, e muito artificiosas, que lhes eram apresentadas. Hoje, muitos dos que abandonam a fé, simplesmente o fazem pra curtir a vida, para vivê-la livre, leve e solta. Na verdade, em muitos casos, ela mal lhe foi transmitida. Pois é, eis aí outro sinal de nossa decadência civilizacional.

(2)
Que a verdade seja dita: as festividades de 07 de setembro nunca foram um folguedo popular. Mas é claro que o governo comuno-petista, com seus tapumes de isolamento, conseguiu aprimorar essa impopularidade duma forma que nunca se viu antes na história desse país.

(3)
É tão patético quanto irônico ver o governo que se imagina ser o mais popular 'de todas as galáxias' não conseguir aparecer publicamente sem ser vaiado, insultado e, na melhor das hipóteses, calado com um retumbante palenaço.

(4)
Posso estar enganado, mas até onde sei, nem na ditadura do Estado Novo Varguista, nem nos governos militares, houve um fiasco como o dos tapumes de 07 de setembro desse ano.

(5)
Na política brasileira não há gigantes; nem santos. Porém, há alguns que são menos santos e mais insignificantes do que os outros.

(6)
Em meio a toda essa confusão parida pelas controvérsias cretinas geradas por aqueles que advogam em favor da ideologia de gênero, o estudo da Teologia do Corpo do Papa São João Paulo II é, literalmente, um santo remédio.

(7)
Não nos esqueçamos, jamais, que há dois tipos de pessimismos: o de inércia e o de ação. O primeiro é típico dos cretinos; o segundo é característico da têmpera dos santos e dos heróis.

(8)
O mundo jamais será perfeito. Crer nisso é permitir-se cair na mais velha artimanha do pé sujo. Agora, labutar para ser melhor e agir bem é a perfeição que todos deveríamos almejar. Não para tornarmos o mundo um paraíso, mas sim, para sermos dignos da Pátria Celeste. De mais a mais, agindo assim, talvez, o mundo possa tornar-se mais leve.

(9)
Já faz muito que eu não sento para assistir um programa televisivo parido pelas grandes emissoras da terrinha. Por isso, pergunto com franqueza: de tudo que é produzido pelos canais de televisão aberto, quantos programas são, realmente, apropriados para toda a família? Outra coisa: quantos deles têm alguma relevância? Pois é...

(10)
Todas as bobagens, baixezas e vulgaridades, presentes nos meios televisivos, parecem ser um punhado de quinquilharias inofensivas quando comparadas com o que encontramos em muitos celulares.

(11)
Práticas ocultistas e pseudo-religiosas têm uma ligação direta e umbilical com todos os genocídios que assombraram e assombram a humanidade. O Nacional-socialismo (nazismo), por exemplo, era todo permeado de práticas desse gênero. Como todos sabem, nessa brincadeira foram imoladas aproximadamente vinte milhões de vidas. O marxismo então, nem se fala. O seu pseudo-messianismo, o tratamento “exegético” e "pseudo-místico" dado aos seus textos ideológicos e o culto profético desses é algo praticamente evidente. E se trocarmos um dedinho de prosa com um sectário desse credo, essa realidade torna-se gritante. Bem, o resultado dessa tranqueira, todos sabem: mais de cem milhões de vidas assassinadas em nome da construção do paraíso socialista. Pior! O número não para de crescer. Ainda, se tivermos um pouco de curiosidade, podemos conhecer a obra de Sayyid Qutb e ver a sua influência no mundo contemporâneo. É algo que valeria realmente a pena para, definitivamente, compreendermos que genocídio, ocultismo e pseudo-religiões andam sempre de mãos dadas, juntas e bem misturadas. Enfim, por essas e outras que todo sujeito que confunde esses trambolhos com as grandes religiões, não apenas estará dando um claro sinal de desconhecimento da matéria; está confessando a sua canalhice mal disfarçada.

(12)
Todo aquele que invoca a imagem da Inquisição para utilizá-la como símbolo de perseguição, obscurantismo e intolerância, apenas dá uma clara demonstração de sua brutal ignorância histórica sobre o assunto ao mesmo tempo em que revela o seu mau-caratismo intelectual disfarçado de pseudo-preocupação humanista.

(13)
Jamais dou a atenção exigida por um idiota às suas fanfarronices, porém, é inegável que as suas idiotices são uma profícua fonte de inspiração.

(14)
O que os esquerdopatas não entendem, de modo algum, é que é impossível comer o bolo, fazer guerrinha de comida com ele e, ainda, continuar tendo-o intacto, belo e formoso, para cantar os parabéns pra você.

(15)
A ingratidão é o traço distintivo dos canalhas.

(16)
Todos, uma vez ou outra, são ingratos, mas os canalhas, por sua natureza, não conseguem jamais deixar de sê-lo.

(17)
As almas ingratas assim o são por serem incapazes de reconhecer que exista algo maior que a sua insignificância.

(18)
Uma das maiores criações da civilização é a agradável companhia de um livro. E é claro que os modernosos vermes hi-tech não entendem isso.

(19)
Os medíocres riem o tempo todo achando que isso é felicidade; fazem piada em qualquer ocasião, imaginado que assim estarão sendo agradáveis.

(20)
Dificilmente nos fazemos presentes frente àquilo que falamos. Nunca somos nós que falamos! Raramente estamos lá, juntos, de nossas palavras.
       

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